“A vida é o que acontece enquanto fazemos planos para o futuro.” – John Lennon

Isso não precisa ser verdade.

Na correria do dia a dia, os automatismos reinam na mente humana. Não nos damos conta do quanto pensamentos automáticos são nocivos, e não temos ideia de como transcendê-los. Nossa mente inquieta está sempre alternando o foco entre mil coisas que não estão ali: passado, futuro, medos e esperanças… a única coisa que não conseguimos degustar espontaneamente é a beleza que está bem debaixo do nosso nariz.

Para obter alguma vantagem sobre os pensamentos intrusos, é necessário observar que a atenção ajuda a enfraquecê-los. Tente lembrar dos momentos mais importantes da sua vida. Por serem cheios de prazer, deslumbramento ou de muita tensão, a mente fica naturalmente em silêncio quase absoluto.

Isso acontece porque grande parte da agitação se dá por falta de concentração e hesitação. Por não termos certeza das nossas decisões, por desejarmos estar fazendo outra coisa ou por qualquer outro motivo, nossa mente fica dispersiva e nosso poder de ação cai a próximo de zero. Como os antigos budistas já diziam (e dizem até hoje): liberte-se do apego e da aversão, aceite o momento presente como ele é e perceba que um estado diferente se estabelece na mente.

De repente, descobrimos que é possível e agradável ser mais atencioso com as pessoas e tarefas, trabalhar sem tanta tensão e com mais alegria. A vida toma cores diferentes quando ficamos presentes.