O fato é que a agitação interior favorece o que a neurociência chama de heurísticas, que são processamentos tendenciosos e muitas vezes errôneos das informações. É como se, para podermos atender às demandas com a agilidade que almejamos, nosso cérebro colhesse apenas uma pequena parte da informação, confrontasse com situações passadas semelhantes e escolhesse uma resposta baseada na memória.
Esse processo tem seu valor por ser rápido e não demandar muito da máquina mais cara de que o corpo humano dispõe, mas perdemos muito por não criar uma resposta nova a muitas encruzilhadas do cotidiano, especialmente as mais complexas (como as que encontramos durante a jornada de trabalho).
Portanto, ao enfrentar desafios no dia a dia, lembre-se de dar tempo para seu cérebro operar de uma maneira mais completa. Faça pausas, tome seu tempo e perceba que muitas vezes preferimos a quantidade em detrimento da qualidade, que isso às vezes toma ainda mais tempo porque aumenta a chance de erros indesejáveis e ainda diminui a percepção dos arredores… (note como os apressados se batem na mobília com mais frequência).
Lembre-se de que as melhores soluções e ideias acontecem nas pausas e isso não é uma coincidência anedótica, mas a maneira como seu cérebro funciona.